ESPORTES - Barcelona x Chelsea: Promessa de Bom Futebol

Stamford Bridge, maio de 2009. O ponteiro corria sua última volta. No placar, 1x0 Chelsea sobre o Barcelona - o resultado classificava os Blues à final da Liga dos Campeões. Desesperado, Daniel Alves alçou a bola na área. Na confusão, Lionel Messi, cercado por três, conseguiu rolar para Iniesta. Peter Cech arriscou o voo derradeiro. Em vão. Ângulo esquerdo deflorado, o 1x1 era espanhol. No baque, o goleiro tcheco não estava só. Uma nação inteira, mais de 20 milhões de torcedores estarrecidos, o acompanharia ao solo. Lamentos, reclamações. Cinco pênaltis não marcados. Em Londres, milhares voltaram para a casa com o juiz norueguês, Tom Hennin Ovrebo, atravessado na garganta. Na Catalunha, outros milhares agitaram flâmulas, pintando em azul e grená a alegria nas ruas. Com o clima acirrado, o terceiro mata-mata, entre Chelsea e Barcelona, chegava ao fim. Os dois haviam se encontrado nas edições de 2004/05 e 2005/06, sob respectivo comando de José Mourinho, atual treinador do Real Madrid, e de Frank Rijkaard. Uma rivalidade construída não sobre confrontos centenários, comum aos dérbis do Velho Continente, mas pela disputa do bom futebol e, claro, insinuações de preferências da arbitragem. Desde 1966, 13 jogos: cinco vitórias ibéricas, quatro londrinas. Neste ano, os amantes do esporte bretão terão o prazer de ver o duelo reeditado. Sob a batuta de Pep Guardiola, o Barça, quatro vezes campeão, fará sua quinta semifinal consecutiva na Liga. Já a equipe que veste azul real, conduzida por Di Matteo, busca o título inédito, para valer sua pretensa condição de majestade. A certeza é de mais um jogo histórico. Já o desejo é de, se qualquer barulho quiser roubar cena (e pode considerar o apito aí no meio), que venha, exclusivamente, das arquibancadas.

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